Ato I – Relacionamentos
Pequena história de um amigo. Ele. Uma mulher. O primeiro encontro perfeito.
Foram para um barzinho. Ela queria comer aquelas cebolas empanadas. E ele não gosta de cebola. Pra ficar mais claro, eu sempre cozinho arroz com frango e ele nunca conseguiu experimentar, mesmo sabendo que eu corto as cebolas de tal maneira que não podem ser vistas a olho nu. Entendeu o ódio do moleque por cebolas?
Mas ele não podia decepcionar e comeu cebolas para agradar. Passou a noite vomitando mas o encontro foi perfeito.
Tempos depois, conheci uma amiga dela que contou o outro lado da história. Ela disse que sua amiga tem um grande trauma com os olhos e por isso odeia que falem deles.
Sim! Acertou. O imbecil passou a noite toda elogiando os olhos da garota. E ela, mesmo sentindo calafrios, aguentou firme para agradar.
Os dois odiaram. Mas pelo menos o encontro foi perfeito.
Ato II – Mundo corporativo
Estava olhando meu currículo e fiquei impressionado com cada detalhe que escrevi sobre minhas experiências. Caramba! Sou perfeito! Até Narciso concordaria.
Depois entrei no Linkedin para ver a descrição do currículo de meus amigos e fiquei impressionado porque só me relaciono com pessoas altamente capacitadas. Nenhum fracasso, nenhum erro, apenas projetos bem sucedidos.
Então fui ver o linkedin da pessoa mais incompetente que conheci e cheguei a conclusão que ele merece ser indicado ao prêmio Nobel. Triunfos, vitórias e conquistas!
Como assim? O Brasil não deveria estar em crise com tantas máquinas de fabricar sucesso em série. Né não?
Ato III – Conclusão
Quer saber? Não tem conclusão. Continue sua vida perfeita enquanto eu tento ser um pouco mais humano.
Não vai embora sem uma conclusão, né? Ah! Então use filtro solar.